O Lhama ou A Lhama?

Parece natural para a maioria das pessoas achar que o correto é dizer a lhama em vez de o lhama. Mas, antes das considerações linguísticas em relação a esse animal, cuja feição você pode apreciar na foto ao lado, vamos explicar o que é lhama: trata-se de um animal da família dos camelídeos, que, de acordo com os especialistas, é facilmente domesticável. Apesar dessa prestatividade, o lhama é considerado um animal muito irritadiço, que pode "cuspir" contra aqueles que o incomodam uma espécie de gosma espessa e muito mal cheirosa.

Do ponto de vista da linguagem, lhama é um substantivo masculino. Por isso, quando usamos genericamente essa palavra, devemos usar o artigo O: o lhama. Contudo, é também um substantivo comum de dois gêneros, isto é, dizemos o lhama para nos referirmos ao macho e a lhama para a fêmea.

Sabemos com segurança que esse vocábulo, oriuando da forma llama da língua quíchua, entrou na Língua Portuguesa em 1858. Vale lembrar que no Português europeu grafa-se lama e não lhama.

UNICAMP 2ª FASE - PORTUGUÊS

Aqui vão algumas dicas rápidas para se sair bem na prova de Português da UNICAMP:

1- Leia com muita atenção o enunciado da questão até ter a certeza de que entendeu o que a banca espera de você. Não pule pedaços do texto nem do enunciado;

2- Quando tiver a certeza de que sabe o que deve fazer, qual é a tarefa que deve ser cumprida, passe a responder os itens nos espaços indicados. Lembre-se de que as respostas não devem ser reduzidas nem extrapoladas. Isto quer dizer que você não deve responder menos do que foi solicitado, mas também não deve ir além do que a questão pediu;

3- As respostas devem ser construídas de maneira clara, direta e objetiva e devem passar a impressão de completude, isto é, o corretor deve perceber, pela sua resposta, que você entendeu a questão e que conseguiu satisfazer a exigência dela sem faltar nada;

4- Muitas vezes, a questão pede uma explicação. Nesse caso, uma estratégia adequada de resposta é a seguinte:

a) Responda à primeira parte da questão;

b) Após uma vírgula ou um ponto final (dependendo da extensão da primeira parte), coloque a explicação que atende à solicitação da pergunta.

5- Lembre-se de manter a calma e de controlar a ansiedade antes, durante e depois da prova!

Para concluir, veja alguns exemplos de questões da segunda fase da UNICAMP comentadas pela banca de correção desse vestibular: http://ow.ly/8tH5L

Boa prova para você!

DICAS PARA FUVEST 2ª FASE - REDAÇÃO

Atendendo a solicitações, aqui vão algumas dicas úteis e práticas para  você escrever uma boa Redação na FUVEST:

1- Leia com atenção a proposta temática + a coletânea apresentada, interpretando inclusive as eventuais figuras e ilustrações que acompanhem a proposta;

2- Ao cumprir o item anterior, leia primeiro a formulação temática para saber o que buscar na coletânea, que deve proporcionar a  você um ponto de partida para a reflexão sobre o tema pedido;

3- Não comece a escrever o texto sem antes ter a certeza de que entendeu o tema e, logicamente, o que se espera de você no texto que será redigido. Fazer uma Redação na FUVEST (assim como nos demais vestibulares é, antes de tudo, cumprir tarefa(s) );

4- Você deve estar se preguntando: "Como ter certeza de que entendi o tema?" Bem, é fácil: responda  a si mesmo as seguintes perguntas:

a) Qual é o assunto central desta prova de Redação?

b) O que o tema quer que eu aborde em relação a esse assunto? ou Qual é o recorte temático?

c) De que modo a coletânea de textos apresentada pode ajudar no encaminhamento argumentativo do meu texto?

Se você conseguir responder a estas três questões (para si mesmo, mentalmente), então você está pronto para continuar.

5- O próximo passo deve ser produzir o rascunho do texto. Lembre-se de que a prova de Redação da FUVEST espera que você escreva uma dissertação, na ampla maioria das vezes de natureza argumentativa, posicionando-se sobre um tema que tende a ser mais abstrato e filosófico do que na maioria dos vestibulares;

6- Ao produzir o rascunho de sua dissertação, lembre-se de apresentar a tese que você pretende defender e, em seguida, apresentar os argumentos que você selecionou (oriundos da leitura da coletânea e também de sua bagagem pessoal, como leitor crítico da grande imprensa). Fica bem apresentar um argumento por parágrafo, de forma clara, direta e objetiva. Tenha em mente que a utilização de relação causa-efeito e de exemplificação sempre acrescenta qualidade ao argumento;

7- Após argumentar, escreva a conclusão de seu texto, evitando ser repetitivo. Finalize o debate deixando claro que a tarefa de defender a tese foi levada a cabo;

8- Depois disso, releia o rascunho, corrija os eventuais erros de gramática, elimine a repetição desnecessária de palavras e de conectivos e, relendo o primeiro parágrafo, selecione dele as palavras-chave que, unidas e bem alinhadas, podem oferecer um título adequado ao texto. Algumas vezes, a FUVEST pede explicitamente a colocação de título;

9- Passe a limpo o texto e dê a tarefa por cumprida;

10- Se você errar enquanto está passando a Redação a limpo, não se preocupe: há um modo bem prático de se livrar do problema.

Em meu livro "Como Fazer uma Redação Vencedora", há todo um percurso que você deve seguir para conseguir uma Redação de sucesso nos vestibulares do tipo FUVEST. Se você possui esse livro, deixo como dica final a (re)leitura dos capítulos 3, 5 e 9 antes da segunda fase da FUVEST.

Desejo a todos vocês uma excelente prova de Redação!

A Dissertação Tradicional

A dissertação é o tipo de texto que utilizamos sempre que queremos debater uma assunto ou tema. Isso quer dizer que o texto dissertativo é, em princípio, o lugar em que as ideias são  apresentadas, discutidas, refutadas, confirmadas, exemplificadas, enfim, é o palco em que o livre pensamento se apresenta.

A dissertação tradicional deve conter:

1) INTRODUÇÃO OU APRESENTAÇÃO – é o momento do texto em que você vai informar o seu leitor (em geral, hipotético) sobre o assunto que você vai discutir. No contexto dos vestibulares e concursos, esse assunto (ou tema) é imposto a você;

2) DESENVOLVIMENTO OU ARGUMENTAÇÃO – é a parte do texto dissertativo em que você coloca em debate a questão tematizada. No processo de argumentação, você deverá, seguindo as orientações do recorte temático, desenvolver sua linha de raciocínio de forma lógica e coerente;

3) CONCLUSÃO – é o final do texto dissetartivo. Em geral, nessa parte da dissertação fazemos as considerações finais, mostrando ao leitor que a tarefa proposta pelo tema foi levada a cabo com eficiência.

Logicamente, essas partes não correspondem a parágrafos. Pode acontecer de a primeira parte (a introdução) ser escrita em um único parágrafo, mas não há regras que determinem o número  de parágrafos de um texto. O bom senso diz que cada núcleo de ideia deve ocupar um parágrafo.

Agora, é só colocar mãos à obra. Bons textos!

Nova acentuação dos grupos OO / EE

　

Quem nunca levou um  ralo (ainda existe essa gíria?) por ter se esquecido de acentuar vôo ou vêem?

Quem nunca ouviu um(a) professor(a) histericamente reforçar o primeiro O de en- jÔ – o, quase deixando a goela aparente, para reforçar a ideia (agora sem acento) de que esse O tinha um circunflexo?

Pois bem, histerias como essa são coisas do passado. Caiu o acento do primeiro O ou do primeiro E em palavras como creem, veem, voo e enjoo. Vale lembrar (como sempre) que a pronúncia não mudou.

Cabem também alguns outros lembretes, pois sei que muitos leitores e alunos ruminam essa dúvida: TEM e VEM continuam recebendo acento para indicar plural. Exemplos: Ele tem / Eles têm - Ela vem / Elas vêm .

Sei de uma pessoa neurótica (não, não sou eu) que continua acentuando o primeiro O de vôo e logo depois apaga o acento porque acha "hediondo", "quase um crime" não acentuar essa palavra...

Amigos leitores, não vale a pena lutar contra essas regras ortográficas (ou contra as mudanças delas), por mais que pareçam descabidas. Aceitem-nas e sigam em frente, acertando sempre!