segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Estilo FUVEST - Proposta 1

PROPOSTA DE REDAÇÃO DISSERTATIVA
 
Leia com atenção os excertos abaixo :
 
Definição é um termo com tantos significados, podemos ter que:
  • Uma definição é uma sequência de palavras que expressa o significado de uma outra ou de uma expressão. Pode ser tanto o significado que o termo carrega no uso geral (uma definição descritiva) quanto aquele que o falante pretende determinar para o propósito do seu discurso (uma definição estipulativa). O termo a ser definido é o definiendum (latim: aquilo que deve ser definido). A sequência de palavras que o define é conhecida por definiens (latim: aquilo que define).
  • "Uma definição é um enunciado que descreve um conceito, permitindo diferenciá-lo de outros conceitos associados, podendo ser formulada de duas maneiras básicas: definição por compreensão (ou por intenção), ou ainda, definição intencional, que compreende a menção ao conceito genérico mais próximo (o conceito superordenado) – já definido ou supostamente conhecido – e às características distintivas que delimitam o conceito a ser definido; e definição por extensão ou extensional, que descreve o conceito pela enumeração exaustiva dos conceitos aos quais se aplica (conceitos subordinados), que correspondem a um critério de divisão." (LARA, 2004)
  • "Definição remete, em sua essência, a delimitação. Por meio dela, temos a pretensão de conseguir apresentar algo de forma precisa por meio de palavras. Já conceito se relaciona mais com ideias e pensamentos sobre determinado tema. O astuto leitor perceberá que o primeiro (definição) busca palavras que restrinjam os possíveis significados de algo, excluindo tudo que determinado assunto “não é”, enquanto o segundo (conceito) reconhece as possíveis múltiplas perspectivas e abordagens." (BRAMONT, 2010)

Com base nessa leitura, escreva um texto dissertativo em prosa respondendo à seguinte questão: O que nos define neste início de milênio? Dê um título ao seu texto.

sábado, 15 de dezembro de 2012

REDAÇÃO PARA A VUNESP - segunda fase

Vou sintetizar aqui, em forma de dicas, as principais perguntas que o pessoal faz sobre a redação para VUNESP:


1- construa um texto com estruturação bem definida. Apresente uma tese plausível, formulada com clareza e defenda-a com argumentos objetivos e coerentes.

2- argumente profundamente. Para isso, você pode recorrer às relações de causa/efeito e à exemplificação, que torna as ideias mais claras.

3- ao concluir o texto, não seja redundante. Proponha uma conclusão que sintetize os argumentos trabalhados e/ou proponha uma solução para questão (se for pertinente) , ou simplesmente dê um fecho para a reflexão, mostrando que a defesa da tese foi feita com sucesso! 

Sucesso: é o que eu desejo para você nas provas da VUNESP. Estou torcendo por você.

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dicas para a Redação na PUC SP e PUC Campinas

Recebi algumas perguntas sobre as propostas de redação da PUC SP. Resolvi, então, fazer algumas postagens sobre isso. Segue a primeira dica de uma série sobre a PUC SP  e a PUC Campinas.





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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

DICAS PARA A REDAÇÃO DA UNICAMP 2013

 
A primeira fase da UNICAMP está chegando e muitos têm dúvidas quanto ao que a prova de redação desse vestibular espera do candidato. Em meu livro, REDAÇÃO TOTAL - Os Gêneros Textuais nos Vestibulares de Hoje, lançado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, propus algumas dicas para que a sua redação na UNICAMP alcance as expectativas da prova:
 
 
 
"(...)Podemos estabelecer algumas balizas para que a sua redação no vestibular da UNICAMP garanta a qualidade que as bancas elaboradora e examinadora esperam encontrar nela:
1- Ao escrever, procure atender às exigências do tema de modo natural. Não permita que seu texto passe a impressão de uma redação pré-fabricada, feita a partir de modelos e esquemas previamente “decorados”. Evite também o chamado “texto burocrático”, aquele que é feito apenas para cumprir as exigências da proposta. Enfim, não seja simplista: redija de modo que transpareça autoria.
 
2- Em relação ao uso da linguagem, certifique-se de você está usando a modalidade e o registro compatíveis com o gênero que foi solicitado. Além disso, faça as escolhas lexicais que atendam ao gênero e à interlocução. O uso adequado das palavras e também dos elementos de coesão podem garantir um texto que tenha fluidez, algo que o examinador quer encontrar na sua redação.
 
3- Deixe marcas evidentes do estabelecimento da interlocução que foi apontada pelas condições de produção apresentadas na proposta. Crie a interlocução de modo que ela pareça natural e verdadeira. Lembre-se de que a interlocução bem estabelecida tem o poder de tornar o texto convincente. Você não estará escrevendo para o corretor, mas sim para um interlocutor já estabelecido na proposta.
 
4- Leia com muita atenção os comandos da proposta e o texto de apoio. Ele não é um mero acessório. Pelo contrário: espera-se que você aproveite ao máximo o texto lido para o cumprimento das tarefas que são solicitadas. De nada adianta apenas tangenciar o texto. É preciso ser capaz de usar as ideias e informações nele contidas com eficácia e pertinência.
 
5- Domine os gêneros textuais a ponto de poder produzir seu texto com a segurança de que você não está escrevendo algo genérico que “se parece um pouquinho com o que foi pedido”. Em outras palavras: um editorial não é o mesmo que dissertação tradicional; uma entrevista não são meras perguntas e respostas.
 
6- Persiga o objetivo de apresentar à banca de correção textos que sejam bem articulados e que sejam uma unidade textual. A produção do sentido e a fluidez de leitura dependem em grande parte do modo como as ideias são sequenciadas no texto."
 
 
Bons textos na UNICAMP. Estou torcendo por você!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mussarela ou Muçarela?


Presenciei a cena em um supermercado: dois jovens (uma moça e um rapaz) olhando atônitos para um senhor que repetia freneticamente algo como:
 
- Não sabem nem escrever direito!
 
Eu estava por perto e, por isso, consegui saber do que se tratava: o senhor, distinto e de semblante culto (se é que isso existe...) apontava para o cartaz ao lado (que fotografei, logicamente) e dizia que o nome do queijo era com SS e não com Ç: mussarela, insistia ele.
 
Se você olhar com atenção o cartaz, você perceberá que alguém (não sei quem, provavelmente não aquele senhor) já havia tentado "corrigir" a palavra que estava grafada "muçarela".
 
A cena me chamou muito a atenção por vários motivos:
 
1- O senhor (que estava à beira de uma ataque...) parecia ter muita certeza do que dizia;
 
2- Os jovens que assistiam à cena arregalados não sabiam o que dizer. Tive a impressão de que não sabiam ao certo a grafia da palavra (pelas onomatopeias que pude ouvir que eles proferiam).
 
3- O "policial da língua" estava redondamente enganado: a grafia convencional para essa palavra é, sim, com Ç: MUÇARELA.
 
Achou feio? Estranho? De fato é mesmo esquisito, pois estamos muito habituados à grafia com SS. Mas a verdade é que essa palavra vem do italiano mozzarella. E, como as demais palavras grafadas com Z que entraram no nosso idioma, aportuguesamos com Ç ou C, dependendo do caso.
 
Querem exemplos? Piazza > praça; carrozza > carroça.
 
Para terminar, fica aqui uma dica para quem quer evitar o constrangimento de parecer que está escrevendo errado (com ç) quando está na verdade seguindo a convenção: evite isso usando o termo (também dicionarizado) mozarela, um aportuguesamento menos perigoso em algumas situações.